Pensamentos
Sementes revoltas
Ideias concretas
Flores a nascer
Perfumes dourados
Se espalham no ar
Partículas à solta
Que querem amar
O chão pergaminho
De ervas maciças
Convidam à deita
Com luzes, matizes.
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Das trevas se faz a luz renascida neste espaço... Um bom dia para a vida, para o céu e para a lua Para o sonho de estar aqui a postar este enigma De memórias que estão feitas, guardadas entre mil flores.
Ideias
Mui complicadas
Congeminadas
Disseminadas
Serão imorais?
São elas que aparecem
Que adormecem
Que enaltecem
Que enraivecem
E virão mais?
Despertam
Dispersam
Perturbam…
Queimam
Finalmente chega o momento
Ufa!!!!!!!.........
Num afã desesperado
Unem-se
Misturam-se
Reúnem-se
E saem de braço dado
Pela calada…
Dizendo tudo
Dizendo nada.
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Recolhas
Comparações
Imposições
Dos ditos “Padrões”
De saúde, alimentares
Sexuais
Morais
E outras coisas mais.
Incoerências sociais
De quem julga ter “Poder”
Sobre hábitos, comportamentos
Daquilo que devemos comer,
Do que vestir, trabalhar
Até mesmo do prazer.
Autorizam, proíbem
Publicitam
Comércios bem variados
Alimentos, bebidas
Detergentes, mobiliários.
Viaturas, medicamentos
Políticas e tormentos
Tudo vendem aos otários.
Enchem os bolsos
Com preocupações
Com doenças
Violências, tempestades
Vendavais
Catedrais de desassossego
Abundam pelos jornais
Que os perigos espreitam…
Entrelinhas, nos casais
Incentivam-se os medos
Para serem cordiais.
Para sossego das almas
Vêm depois os estudos
Recheados de sanções
P’ra corrigir os defeitos
São mais leis, limitações
E quem quiser
Que se cuide,
Se resguarde
Com seriedade e firmeza
Que os trambolhões estão à espreita
Com olho vivo e esperteza.
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Primeiro lançam venenos
A seguir, grupos de estudos
Para analisar,
Inventar soluções.
Depois fazem intervenções
P’ra tentar inverter as situações
Criadas por eles mesmos
Só que já estão instaladas
Disseminadas,
Enraizadas.
São os dramas sociais
Das doenças
Perversões
Vivemos no meio do caos.
As suturas estão abertas
Sem remédios,
Sem pílulas
Sem tintas
Que remendem,
Que disfarcem
Extingam
O cerne da podridão.
Pum! Atira,
Espanta os pardais.
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Insatisfeitos?
Fase 2 (Mostrar) O trabalho
Investigação?
Fase 3 A solução, o remédio?
Intervenção!
Post Scriptum, Conclusão
Eficácia?
A longo, muito longo prazo,
Gota a gota,
Um pingo aqui outro ali
Seguimos “cantando e rindo”
Imaginando, sonhando
Que um dia, tudo há-de ser melhor.
Nesse dia os “experts”, sabichões
Entre tantos estudos, investigações
Impertinências, acusações
Revelam-nos as sensações
Do quanto foi triturado, esmiuçado
Enfim!!!… apurado
Para sermos campeões.
Será?!
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As ideias surgem
As ideias surgem
As ideias surgem
Pegar nelas, trabalhá-las
Defendê-las, orientá-las
As ideias surgem
As ideias surgem
As ideias surgem
Apresentam-se, desenvolvem-se
Guardam-se ou projectam-se
Num universo de ouvintes
Surdos, opacos
Abertos, brilhantes
Sinistros, soturnos
Alegres, gritantes
As ideias surgem
As ideias surgem
As ideias surgem
Sem rodeios, envoltas em mistérios
Instalam-se.
As ideias surgem
Bem, bom... Pum, Ponto.
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