sábado, agosto 05, 2006

“Uma Aventura por Terras de Pedra”


Numa terra distante, em que o luar se confunde com o sol, habita um ser diferente do habitual.
É uma terra deserta onde as pedras abundam, grandes, redondas sob o efeito das tempestades.
Entre as pedras correm riachos que as contornam, desenham paisagens de uma beleza incomparável.
O brilho das águas ofusca tal a sua intensidade. De um ângulo vê-se o reflexo do sol, de outro o reflexo da lua.
Decidi conhecer tal local, passear entre as suas paisagens e saber porque razão as flores aí não se dão.
Levei sementes num saco de salsa e hortelã, amoras e avelã. Levei também de rosas, jasmim e alecrim para perfumar o solo, o ar, as águas desse jardim.
Decidida lá cheguei, coloquei o saco no chão e com um sinal o marquei.
Fui andando devagarinho, para não perturbar o silêncio de tão bela terra. Descobri a natureza que ali é feita de pedra. Saltei de pedra em pedra com mil e um cuidados, não queria molhar as saias nem escorregar para os cardos. Existem em abundância, tornando a paisagem sinistra. Demorei no meu percurso, regressei e vi um urso, ao longe, bem distante, dormindo.
Peguei na máquina e registei para vê-lo mais de perto. Não era um urso, era um ser estranho, o tal que ali habita. Surpresa ali continuei, sem saber o que fazer, se havia de me aproximar ou seguir e afastar.
Voltei ao meu sinal, peguei no saco e fui fazer um quintal. Plantei todas as sementes, reguei-as e assim fiquei meses à espera que elas subissem da terra que me dessem um sinal de que despontavam eternas para perfumar o local.


De repente
Na mente
Dormente
Surgiu a semente
Qual parapente
Voando contente…
O sol está quente!
Ui!... lá vai a serpente
Com a língua pendente
Esconde bem o dente…
De repente
Um raio fulgente
Aflora à tangente
A minha semente
Rebentou resplandecente
Floriu alegremente

E perfumou toda a gente.

Montanha de pedra
Ai quem me dera
Agora lá ir
Sentir o calor
Que emana da flor
E chorar a rir
Olhar o regato
A deslizar sublime
No seu fio de prata.
Mãe natureza
Tão bela, tão pura
Na sua beleza.


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quarta-feira, junho 14, 2006

“Indignação”


A prepotência bacoca
De uns “génios” da TV
Interfere na sociedade
Só pensam nos seus lucros
Querem só vender pacotes.
Cortam-nos o GNT
Não nos deixam
Ver os jogos do mundial
Quem se julgam estes senhores
Para agir assim
Contra a população de Portugal?
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terça-feira, maio 30, 2006


“Me? Hooow?!...”

Gata bravia
Andava,
Corria
Pelos campos fora.
Veio uma senhora
Armada em doutora
Tentar agarrá-la.
Oh! Coitada dela…
Para além da bronca,
Dos miados aflitos,
Teve arranhadela.
Imaginem a cena!…
Dava dó da gata.
Da senhora?
Só pena.
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sábado, maio 20, 2006



“Contas e contos”

Contas e mais contas
Contas de rosário, de somar, dividir, multiplicar,
Tudo são contas…
Contas que se deitam à vida
E que mais contas?
Contas, contos de vida…
Contos de fadas
Fadadas em vidas de felicidades eternas!
Histórias aos quadradinhos
Que encantam os mais pequeninos,
Contos de super homens
Que ludibriam os mais incautos.
Contas e mais contas
Contas tudo quanto se queira contar.
Vai mais um conto?
O conto da tua vida
Da tua história vivida
Contado sem pestanejar.
Serás capaz?
Ou será que vais gaguejar?!!!!!!!
Um conto, simplesmente
Um conto
Um conto de reis,
Dez mil reis
Em notas que nos fazem recordar
Tempos de outrora,
Tempos de infância
Que sabe bem recordar.

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Apresentação

Movimento,
Teatro,
Escrita,
Tudo isto em mim habita.



Das trevas se faz a luz renascida neste espaço...
Um bom dia para a vida, para o céu e para a lua
Para o sonho de estar aqui a postar este enigma
De memórias que estão feitas, guardadas entre mil flores.