segunda-feira, janeiro 12, 2015

“Paixão da Lágrima”

Corta-se-lhe o coração, a veia
Porque se enamorou da faca matreira.
Uma lágrima corre, a face cora
É uma que cebola chora.

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Soltas-te leve,
Doce, Amarga
De um cheiro intenso que me assolou,
Que me arrebatou.
E rolaste sem chão
Inundaste os meus socalcos
Desenhados pelo tempo
Expressões impregnadas de vida
Marcas de risos, tristezas, indecisões.
Continuarás a rolar
Sempre que ela ali estiver,
À minha frente
Em cada momento
Que o gesto se repita.
Não estou aflita
Porque gosto que descubras
O sabor que ela tem
Fica sempre bem!
Ela chama por ti
Com espirros atrevidos
Que por ti não serão ouvidos.
Sentes a sua presença
Espreitas pelas janelas,
Fechas as cortinas
Esgueiras-te do teu esconderijo
Vens saudá-la, elogiá-la.
Ela espera por ti, quer o teu afago
O teu sabor salgado
O petisco será temperado.
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