Corta-se-lhe o coração, a veia
Porque se enamorou da faca matreira.
Uma lágrima corre, a face cora
É uma que cebola chora.
.
Soltas-te
leve,
Doce, Amarga
De um cheiro
intenso que me assolou,
Que me
arrebatou.
E rolaste
sem chão
Inundaste os
meus socalcos
Desenhados
pelo tempo
Expressões
impregnadas de vida
Marcas de
risos, tristezas, indecisões.
Continuarás
a rolar
Sempre que
ela ali estiver,
À minha
frente
Em cada
momento
Que o gesto
se repita.
Não estou
aflita
Porque gosto
que descubras
O sabor que
ela tem
Fica sempre
bem!
Ela chama
por ti
Com espirros
atrevidos
Que por ti
não serão ouvidos.
Sentes a sua
presença
Espreitas
pelas janelas,
Fechas as
cortinas
Esgueiras-te
do teu esconderijo
Vens
saudá-la, elogiá-la.
Ela espera
por ti, quer o teu afago
O teu sabor
salgado
O petisco será
temperado.
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