sábado, dezembro 22, 2007

Tempo de "Boas Festas"



Tempo de calor humano
Tempo de recordações
Tempo de renovar sonhos
Tempo…
De ilusões,
De luzes multicolores,
De risos,
De choros,
De abraços e carinhos
Tempo de sentimentos.
Tempo…
Tocam sinos a rebate
Na capela da emoção
Tempo de cantar hinos
Pr’aquecer o coração.

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terça-feira, novembro 27, 2007



“Bom Dia!”
Livre navego
Nas águas calmas da vida
Sem sombras
O sol reflecte-se no horizonte
Caminho forte e segura
Novo rumo aconchegante
Fresco e leve
Qual pluma que flutua
Nas asas de uma andorinha
É bom ter esperança
Acreditar
Que as mudanças para melhor
Estão mesmo a chegar.
Bom Dia!

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segunda-feira, novembro 19, 2007

“Poema da Ampulheta”

Desespero,
Medo,
Comodidade…
O tempo passa,
Passa, passa
E não volta.
Vira, revira,
Volta a virar
E o tempo a passar
A calar o silêncio…
Mas há que mudar,
Que virar
Que soltar
Partir,
Explodir
Rebentar
Libertar
E AVANÇAR.

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domingo, novembro 18, 2007





“Flores”
Quadras soltas, arvoredos
Cânticos livres, meu ser
Minha alma, meu espelho
Que irei eu mais fazer?

Nos lírios vejo a pureza
Nas rosas a emoção
Nos cravos a alegria
Nos jasmins uma canção.

Flores à solta, silvestres,
Nos ramos da ilusão
Nas pétalas trazem sorrisos
A alma do coração.

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sexta-feira, outubro 19, 2007

“Dicotomia”
Duas coisas simples
Porém mui complexas
As calotas das esferas
São côncavas ou são convexas.
De um lado vê-se um sorriso
Do outro surge a tristeza
São dois dos lados opostos
Que existem na Mãe Natureza.

Em qual deles estar
É uma questão de escolha.
De dia ergue-se o sol
À noite as estrelas brilham.
E se o acaso traz nuvens
A ensombrar-nos o dia…
Seja chuva ou trovoada
O que é que se faria?
Lança-se um vento forte
Sem torturas nem lamentos
Dissolver as tempestades
Com todos os seus tormentos
É a obra mais complicada
Para limpar sentimentos.

Dicotomia simples…
Ou será que é complexa?!...
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domingo, julho 22, 2007



“PORTAS”
Portas outrora fechadas
Agora se abrem plenas
Revelam segredos guardados
Fechados a mil cadeados
Tão seguros, perfumados
Nos seus silêncios morenos
Com fitas entrelaçadas
Que os seguram apenas
Das frágeis buscas que então
Os remexem no coração.
Surgem palavras de dentro
Revelando as emoções,
Pensamentos, vivências ternas
Tudo surge, cresce
Em turbilhões.
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quarta-feira, julho 04, 2007

“Transforma-se o Amador na Coisa Amada”
Luís de Camões
"Amador, Amada"
Meu Amor
Ser do meu ser
Por ti, para ti escrevo,
Vivo, respiro
Invento a vida
A cada dia que passa
Só para ver-te sorrir
Sentir-te feliz.
Tu, que és parte de mim
Onde me perco em loucura
No seio de tanta ternura
Meu Amor,
Meu ser e senhor
Coração do meu coração
A ti me entrego
Me deleito e desespero
Vem para junto de mim
Tu que és eu
E eu em ti.
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domingo, julho 01, 2007


“Descobrir a Primavera”
Linda rosa de cor púrpura
Perfumada e brilhante
Escondida entre a verdura
Descobri-la é excitante.
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terça-feira, junho 19, 2007


"Poema para Neruda"
Tempo de saudades
Das palavras e verdades
No alto ao meu redor
Vislumbro asas brancas
Vão, voem para Paris
Suplico-vos
Busquem o meu amigo
Aquele de nome Neruda
Abordem-no com carinho
Vistam-lhe traje de gala
Carreguem-no de mansinho
Até aportar na ilha
Aquele que dá ânimo, luz
À alma da minha sala.

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es

sábado, junho 09, 2007

Um novo espectáculo


É um espectáculo para os obreiros anónimos dos Direitos Humanos e para os milhões de vítimas do seu incumprimento. Como na obra poética de Ângela Almeida, procuramos deixar aqui o nosso grito, a nossa indignação, estamos aqui para dizer que estamos de luto porque mataram a humanidade.Pergunto-me: quem sou eu? Nasci num barco em alto mar, nasci em África, Ásia, Europa e América, sou apátrida, errante, miro-me no espelho da memória, olho-me e vejo uma mulher com marcas deixadas pelo tempo e pelos acontecimentos. Viajo continuamente em busca de um pedaço de terra e alimento-me dela, profundamente me enraízo nela, buscando a força e a seiva de que me nutro. Não tenho idade, procuro um lugar onde haja amor, paz, serenidade, alegria, onde não exista ódio nem rancor. É uma busca constante, por uma terra rodeada pelo mar cálido e sereno, repleta de cores, cheiros e sabores que ficam para sempre dentro de nós, onde se vive com simplicidade e liberdade.Tenho a sabedoria apreendida da terra, da água, do fogo e do ar. Na minha pele correm todos os líquidos que ela absorve, todos os choros, todas as mortes. Sou andarilha, pertenço a todos os lados, os meus olhos absorvem já toda a glória e todas as misérias do MundoPosso ser alegre e bem disposta, apaziguar os corações solitários, carentes de afecto. Posso deixar um rasto de amor, paz, felicidade, conforto interior. Posso partir, ficar, partir para não mais voltar, sobreviver, lutar, rasgar os horizontes, cumprir destinos inconformados com a pequenez desse mundo em transformação. Posso semear grãos para que cresçam, floresçam, se desenvolvam e reproduzam para dar lugar à terra que busco.Vim para indicar o caminho da verdade interior. O amor corre-me nas veias. Por isso, sofro todas as dores e rio todas as alegrias. Sou cigana, sacerdotisa do tempo, sou desterrada, sou uma voz, um grito, sou mulher!Um encontro feliz dos “ditirambus” com a beleza da poesia insular e ao mesmo tempo universal de Ângela - da poesia com a dramaturgia: a arte de bem dizer.

Ficha Técnica
Texto original
Ângela Almeida

Adaptação e Encenação
Onivaldo Dutra

Elenco
Manuela Gomes, Lurdes Castanheira, Cátia Correia e Céu Neves

Cenário, Banda Sonora, Desenho de Luz
Onivaldo Dutra

Figurinos e Adereços
Céu Neves

Operador de Som
António Valente

Operador de Luz
Pedro Araújo

Art Design
J. Canadinhas / Marco Mascarenhas

Realização
Ditirambus – Associação Cultural e Pesquisa Teatral

Local
Teatro Ibérico – Rua de Xabregas, 54 – Beato – Lisboa

Reservas
218128528 / 919097077 / 218682531

Classificação M/12

segunda-feira, junho 04, 2007


“Tempo de Liberdade”
Andava eu por aqui
A mexer nos meus pedaços
Reparei logo ali
Num que estava ofuscado.
Era um conto fugaz,
Muito tonto e envergonhado
Que fora escrito à pressa
Num dia muito aziago
Em que a força esmaece.
Reli as breves palavras,
Relembrei dias alegres
Brotaram sorrisos soltos e,
De mãos abertas recebi
Como dádivas bem merecidas
Notícias vindas de longe.
Vieram à mente os sonhos
Que andavam arredios
No meio da escuridão
Que mos tinha entorpecido.
Como é bom ter esperança,
Acreditar no futuro,
Mesmo que só em lembrança
O mundo fica mais puro.
Os olhos vêem mais claro
O que estava escondido
Beleza num conto gravado
Num papel descolorido
Relata a continuidade dum tempo
Em que nada foi perdido
Feito de turbulências, irreverências,
Futilidades, responsabilidades
Forças e persistências
Que se tornam liberdade.

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quinta-feira, maio 31, 2007



“Mãe terra”
Mãe Terra que andamos nós a fazer-te?????????
Colhemos todos os teus frutos sem qualquer piedade por ti.
Perdoa os homens guerreiros que te invadem e profanam
Sejamos caridosos, respeitadores que a terra agora chora.
Calemos os nossos gritos dos horrores por nós criados, famintos
Da luxúria que em vão teimamos em ser o nosso padrão de vida.
Glaciares que se desfazem, são as lágrimas da terra que ora clamam
Relembram, que o rumo deve mudar antes que seja tarde demais.
Mãe Terra, para ti, por ti escrevo estas palavras pelo muito que te quero sã e salva.

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quarta-feira, maio 30, 2007


“Aonde Andas?”
Aonde andas criança?!
Mostra-te para mim…
Vem comigo brincar,
No chão vamos rolar
Perdermo-nos do real.
Assola à minha janela
Que tu tão bem conheces
Não me deixes, aparece
Ergue-te para mim…
As saudades são imensas
Regressa ao meu jardim.
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quinta-feira, maio 24, 2007


“ Um pouco mais...”

Há gestos que dizem
O que da boca não sai.
Contudo ficamos felizes
Quando a mente se abre e diz
Tudo quanto dentro lhe vai.

Anos de contenção
Vivendo só de emoção
Sem transcrever em palavras
Tudo quanto sentimos
Que nos gestos traduzimos
Nos preenche o coração.

O simples que complicamos
As normas que contestamos
Nos agrilhoam a alma.
Num momento de silêncio
Abrem-se todas as portas
Inseguras, determinadas, confiantes
Soltam todas as amarras
Libertam todo o seu grito
Contido no tempo, no espaço
Que num momento sentido
Se estendem, ao pleno vivido
Esclarecendo seus passos.

Quando as palavras traduzem
O que na alma guardamos
Todos os sinos repicam
As estrelas brilham, levitam
Inundam todo o espaço.
Sorrisos saem ligeiros
Correndo ao infinito
Retornam, trazem o cheiro
Que penetra o mundo inteiro
Da felicidade, dum grito.
A calma instala-se então
Refaz energias vitais.
Do fundo do coração
Emanam tantos sinais...
Paz, amor, alegria
A combinação perfeita
Treme o corpo
A alma ri, reluz
Do bem que isso lhe traz.

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terça-feira, maio 22, 2007







Noite serena
Rochas lunares encantadas
Mergulhos na escrita envolvente
Madrugadas silenciadas
Histórias loucas
Benvindas, brilhantes, aguadas
Aguarelas numa tela
Pintadas com cores palpitantes
Sentimentos partilhados
Mui sentidos, mui beijados
Emoções, pele ardente
Fogo do pensamento
Embebido, torturado, envolvido
Mãos, pés e umbigo
Na terra nasce o gemido
Do calor que se ausenta
Noite serena... que embala
Nos seus braços longos, ternos
Amor, paixão,
Tela ardente.
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terça-feira, maio 08, 2007


"Jogo, movimento, vida A roda que gira, que nos faz sonhar"
Jogos de palavras
De sorte e azar
Jogo da vida
Cantada, sofrida
Movimento, ternura
Amor e doçura
Adrenalina sentida
Nos transporta no ar
Subimos ao pico
Com garra e suor
Bem lá no alto elevamos os braços
Emanamos calor
Cantamos,
Voamos,
Olhamos em redor
A terra, os lagos, os rios, o mar
O azul do céu
O sol, a lua em luar.
Vida de jogos,
O jogo da vida.
Riscos calculados,
Tácticas aplicadas...
Perdem-se uns,
Empatam-se outros
Mas... Muitos se ganham
E nesse ganhar
Tudo incluímos
As perdas, os ganhos,
Que nos enriquecem
Nos desenvolvem
Nos fazem crescer
Na totalidade...
Que é o nosso SER.

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quarta-feira, maio 02, 2007


"É Vida e com Alegria tem que se Andar"


Em dias de nevoeiro cerrado
Aos tropeços pelo chão
Encontro uma barata gorda
A dizer “que não”, “que não”.
Finto-a pela calada
Sem fazer qualquer ruído
Caio em mais uma pedra
Uiiii… a danada
Que estava à minha espera…
Desorientada levanto-me
Prossigo o meu caminho
Hei-de encontrar o sol
Que me espera sorrindo.
Labirinto tão cerrado
Não esperava encontrar
Nos vales, montanhas da vida
Que tanto fazem chorar.
É um subir e descer
Tão caótico por vezes
Que me apanha desprevenida
Sem saber o que fazer.
Espero um dia travar
Tão complexo movimento
Para ver o sol raiar
Livre e sem sofrimento.

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sábado, abril 28, 2007

TEATRO IBÉRICO

de 14 a 30 de JUNHO

Perfil da Personagem

Nasceu num barco em alto mar. É apátrida e errante. Viaja continuamente em busca de um pedaço de terra que nunca encontra. Procura um lugar onde haja amor, paz, serenidade, alegria, onde não exista ódio nem rancor. É uma busca constante.
É alegre e bem disposta. No seu rosto transporta um sorriso amigo.
Tem uma missão a cumprir – apaziguar os corações solitários, carentes de afecto. Por onde passa deixa um rasto de amor, paz, felicidade, conforto interior. Desse modo procura a transformação, semeia os seus grãos para que cresçam, floresçam, se desenvolvam e reproduzam para dar lugar à terra que ela busca.
Veio para indicar o caminho da verdade interior. É a mulher amor.
A sua voz é calma e fala de mansinho para não perturbar o silêncio.
Sempre que surge vem das águas do mar ao nascer do sol e para o mar retorna no pôr-do-sol.
Levemente rodopia, como se levantasse voo, e de imediato se estende na areia para saborear a terra firme debaixo do seu corpo. Antes de partir inverte as suas acções: deita-se e só depois se eleva, rodopia e encaminha-se para o mar como uma brisa fresca e suave que se sente e não machuca.
Quando encontra alguém, aproxima-se devagar, por detrás, para não assustar nem perturbar. Sussurra então ao ouvido as suas palavras, sem nunca se mostrar; transforma-se simplesmente numa voz que será escutada apenas pela pessoa a quem se dirige.

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sábado, abril 21, 2007

Telefonemas "Mudos"



Difícil é dizer “Bom Dia”
Ou sequer “Boa Tarde”.
Uhm!!!... vou pensar
Deve ser a cara inchada
Ou será gengiva inflamada?
Uhm!!!... vou pensar
Olhar
Observar
Escutar
E o diagnóstico realizar.
Uhm!!!... vou pensar
Com este novo remédio
A boca irá sarar
A língua vai-se soltar
Então começa a falar.
Uhm!!!... vou pensar
O telefone a tocar
Atender, não atender
Ninguém se atreve a falar!…
Uhm!!!... vou pensar
Neste caso tão bicudo
Em que dum momento pr’ó outro
Alguém ficou surdo-mudo.
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