domingo, dezembro 14, 2008
quinta-feira, novembro 06, 2008
quarta-feira, setembro 17, 2008
segunda-feira, maio 05, 2008
"O Rei está a Morrer" de Eugène Ionesco
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Estreia "O Rei está a Morrer" de Eugène Ionesco
Uma alucinante despedida da vida. A peça fala da essência da existência humana diante golpe do destino que todo ser humano tem de enfrentar, mesmo com os temores do que pode acontecer ao dar o último suspiro. É a tragicómica história do “Rei Berengário” e, certamente, de todos nós. A irónica forma como ele apercebe-se do que está a acontecer à sua volta, as reacções à fatal notícia, bem como a relação que há entre ele e o inevitável desfecho, somente acompanhado pela consciente e assustadora ideia de que “O que deve acabar já acabou”. Para além do medo de se saber que a última cena é “obrigatoriamente” mortal, há a incómoda descoberta de que, realmente, nunca se chegou a viver.Uma comédia que mostra o quão ridículos podemos ser quando nos confrontamos com a efemeridade da vida e o inútil apego que temos às coisas materiais.
Ficha Técnica
Hélio Clino, Fernando Vieira, Céu Neves, Paulo Miranda
Temporada
Reservas e Contactos
sábado, março 08, 2008
Tamanhos, idades
Mulheres simplesmente.
Nós que assim somos
Diferentes, pensantes, presentes
Amantes da vida
Filhas, mães, avós,
Tias, primas, irmãs
Ou simplesmente Amigas
Mulheres somos e seremos.
Um dia marcado no calendário
Para nos fazer lembrar
Que bicho raro nós somos.
Só que não nos podem calar
Não estamos em extinção.
Homens respeitem-nos
Merecemos!
Não num dia,
Sim em todos os dias da nossa vida.
Sem mulheres o mundo acaba,
Acaba-se a reprodução.
Nesse dia teremos sim,
O Homem em extinção.
Interessante será ver
Como o homem irá fazer.
Se marca um dia no calendário
Ou se, de tão triste, envergonhado
Se fecha dentro de um armário
Todo roto e amargurado.
Só na vida,
Sem mães, nem filhas, avós
Tias, primas ou irmãs
Sem amigas, companheiras
Sem, simplesmente,
Mulheres.
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quinta-feira, janeiro 17, 2008
Chama-se Vontade.
É uma senhora com “S” maiúsculo.
Idade? Milénios ou… talvez mais. (perceberam o “S” maiúsculo? Há sempre uma razão para que possa haver diferenciação. Não é uma senhora qualquer, é Uma Senhora mui respeitável).
Profissão? Viajante. E se ela viaja!!!... é incansável, brincalhona!!!
É uma amiga fiel. Podemos contar-lhe todos os nossos segredos que ela não os contará nunca a ninguém.
No entanto necessitamos de estar sempre alerta.
Temos que a tratar bem, dar-lhe atenção, poli-la para que sempre esteja forte, potente, alegre e bem disposta.
Se nos distraímos, ela foge, dá-nos a conhecer o seu lado infantil. Adora jogar “À Apanhada” e “Às Escondidas”. É mesmo brincalhona!
Não é como as crianças que ficam ansiosas para dar a conhecer o seu esconderijo.
Se demoramos a encontrá-la, ela hiberna.
Aí então ficamos à toa. Ela não emite sons, nem bate palmas. Safadinha… às vezes decide abrir um olho e ver o que se passa à sua volta.
Quando isto acontece ela emite luz e só assim a conseguimos entrever.
Temos que estar atentos a estes breves momentos porque são de facto especiais.
Devemos aplaudi-la de imediato, sorrir-lhe.
Estes são os seus alimentos predilectos para a conquistarmos e conseguirmos trazê-la de volta à actividade.
É uma alegria tê-la de novo desperta. Sabe bem, dá-nos energia, renovamos as forças que nos conduzem a cada dia.
A tristeza foge e a força da Vontade instala-se.
Bem vinda!
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segunda-feira, janeiro 14, 2008
Uns atormentam-me e logo os apago, afasto, outros captam o meu interesse.
Tento fixá-los, aprofundá-los em cada pormenor, só que quase sempre se escapam, sem que tenha tempo de os registar. São fugazes, porém intensos quadros que vislumbro.
Pequenas telas que se mostram aos meus olhos em breves instantes, tal como as fracções de segundos dos disparos de uma câmara fotográfica.
De cada vez que estas “fotos” me surgem, questiono-me como poderei passá-las ao real, pintá-las… são tão breves que não me dão tempo de as registar.
Umas sorriem, são alegres, outras contorcem as caras, semblantes estranhos, esgares.
Como registá-las se elas estão em contínua mutação?
Registar em papel ou tela tanta mudança é uma façanha porque a velocidade é tal que nem a memória tem tempo de as memorizar.
E em silêncio regressei às palavras. Estas sim, dão conta de mim e fazem-se registar.
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