Em silêncio dirijo-me para novas paisagens da minha imaginação. São quadros pintados a preto e branco ou coloridos por onde vou vagueando, sem pressas.
Uns atormentam-me e logo os apago, afasto, outros captam o meu interesse.
Tento fixá-los, aprofundá-los em cada pormenor, só que quase sempre se escapam, sem que tenha tempo de os registar. São fugazes, porém intensos quadros que vislumbro.
Pequenas telas que se mostram aos meus olhos em breves instantes, tal como as fracções de segundos dos disparos de uma câmara fotográfica.
De cada vez que estas “fotos” me surgem, questiono-me como poderei passá-las ao real, pintá-las… são tão breves que não me dão tempo de as registar.
Umas sorriem, são alegres, outras contorcem as caras, semblantes estranhos, esgares.
Como registá-las se elas estão em contínua mutação?
Registar em papel ou tela tanta mudança é uma façanha porque a velocidade é tal que nem a memória tem tempo de as memorizar.
E em silêncio regressei às palavras. Estas sim, dão conta de mim e fazem-se registar.
Copyright © 2008 by MCéuNeves
Uns atormentam-me e logo os apago, afasto, outros captam o meu interesse.
Tento fixá-los, aprofundá-los em cada pormenor, só que quase sempre se escapam, sem que tenha tempo de os registar. São fugazes, porém intensos quadros que vislumbro.
Pequenas telas que se mostram aos meus olhos em breves instantes, tal como as fracções de segundos dos disparos de uma câmara fotográfica.
De cada vez que estas “fotos” me surgem, questiono-me como poderei passá-las ao real, pintá-las… são tão breves que não me dão tempo de as registar.
Umas sorriem, são alegres, outras contorcem as caras, semblantes estranhos, esgares.
Como registá-las se elas estão em contínua mutação?
Registar em papel ou tela tanta mudança é uma façanha porque a velocidade é tal que nem a memória tem tempo de as memorizar.
E em silêncio regressei às palavras. Estas sim, dão conta de mim e fazem-se registar.
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