Rebenta
Rebenta com os cascos
A cavalgadura podre que dorme
Abre
Abre a vaga das marés
Que não tardam a chegar
Rasga
Rasga as emoções
Escritas de sangue
São horas categóricas
Profundas, lamentáveis
Inscritas de poderes
De críticas contorcidas
Virulentas, manchadas
Solta
Solta as amarras, os grilhões
Que tanto pesam, que torturam
Lava
Lava tudo ao pormenor
E que nada fique, que nada reste
Das sombras, dos monstros
Que te habitam
Limpa
Limpa a calçada, as estepes
Os ventos finos e agrestes
E sobe
Sobe, vem ao patamar
Das folhas caídas
Das flores a voar
Com cheiros de rosas
Com cheiros de mar.
Copyright © 2011 by MCéuNeves
Sem comentários:
Enviar um comentário