O que vem, o que vai, o que fica
Desta amiga bonita que trago dentro de mim
Sapatos engravatados,
Que pisam soalhos molhados
Que riem, troçam de mim
Escondem-se agasalhados
Com medo de tantos ratos
Que por ali andam, sempre à espreita
Aguardam a cada esquina
Um resvalar, daquela doce menina
Que me acompanha na vida
Eles matreiros atacam
Retiram atilhos, desapertam os sapatos
Correm soltos e aflitos
E pelo meio de choros e gritos
Vencem todas as batalhas
Regressam ao seu sossego
E dizem-lhe: Não tenhas medo.
Copyright © 2011 by MCéuNeves