Sinto os
efeitos nefastos
Dos silêncios
perturbadores
Nos meus
pensamentos
Sinto o
cheiro dos sulfitos
Nas palavras
podres que leio
Adormeço nas
luzes das trevas
Que embalam
meus sonhos distantes
Desperto com
os sons estridentes
Das gralhas
que soletram, letra a letra
As músicas
desconcertadas das sinfonias
Que
diariamente nos assolam os pomares de rosas
Com picos de
cardos, malcheirosas
Infestadas
de bichos peçonhentos
Aves
agoirentas de bicos retorcidos, encardidos
Que
esgravatam, bicam, picam,
Destroem,
desertificam
Sangues
putrefactos que envenenam,
Que sugam as
linfas, os néctares puros.
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